Seja em qualquer tipo de edificação, sobretudo em condomínios, a manutenção preventiva é um fator essencial para garantir uma boa gestão condominial e a segurança física dos condôminos. Afinal, com o passar do tempo, os equipamentos, sistemas e estruturas vão perdendo a sua vida útil, tornando fundamental planejamento e ações periódicas para inspecioná-los e conservá-los. 

Para evitar a negligência com os prazos e qualidade dos processos de manutenção, cabe aos gestores ou síndicos condominiais fazer esse acompanhamento para evitar que os problemas virem uma “bola de neve”, como custos excessivos, multas de órgãos fiscalizadores, desvalorização do imóvel, problemas estruturais graves e conflitos entre condôminos. 

 As principais áreas que exigem manutenção periódica: 

Os espaços coletivos com diversas instalações ou sistemas exigem essa manutenção de tempos em tempos, a fim de garantir a funcionalidade e a segurança dos moradores.

• Sistemas elétricos, hidráulicos e estruturais 

• Bombas e reservatórios de água (caixas d’água e cisternas)

• Tubulações e prumadas 

• Sistema de aquecimento (gás)

• Estruturas aparentes, fachadas e lajes

• Sistema de combate a incêndio, extintores, iluminação de emergência e sinalização

• Elevadores e casas de máquinas 

• Jardins, pisos e revestimentos expostos a intempéries etc.

Entenda um pouco mais sobre reforço estrutural em: Reforço Estrutural: Entenda o Que É, Quando É Necessário e Como Funciona na Prática 

Projeto Autoral - Consultec Jr

Como montar um plano de manutenção eficiente？ 

O primeiro passo que um síndico ou gestor deve realizar, caso o edifício não haja um plano de manutenção, seria a contratação de um profissional, como engenheiro ou arquiteto, para realizar uma inspeção predial. De acordo com a lei 9913, de 2012, a realização das vistorias técnicas periódicas deve observar a seguinte periodicidade:

• Anualmente, para edificações com mais de 50 (cinquenta) anos

• A cada 02 (dois) anos, para edificações entre 31 (trinta e um) e 50 (cinquenta) anos

• A cada 03 (três) anos, para edificações entre 21 (vinte e um) e 30 (trinta) anos

• A cada 05 (cinco) anos, para edificações com até 20 (vinte) anos 

Após a inspeção e a emissão do laudo técnico pelo profissional responsável, cabe ao síndico ou gestor convocar uma assembleia de apresentação do plano pelo profissional para os condôminos, a fim de explicar tecnicamente os riscos e as necessidades, justificar os custos e ajudar a engajar os moradores. Diante dessa transparência técnica, pode-se evitar conflitos e educar os moradores quanto a importância da manutenção. 

Entenda as etapas de uma Inspeção Predial: Quais as etapas de uma Inspeção Predial? 

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Consequências de negligenciar a manutenção: 

As consequências da negligência na manutenção preventiva podem gerar problemas extremamente sérios, desde problemas financeiros até riscos de segurança. Alguns exemplos que ocorrem frequentemente e que precisa se atentar são: infiltrações, mofo ou comprometimento da estrutura causadas por não resolver os vazamentos de imediato pode gerar gastos muito mais caras; a falta de manutenção do projeto de prevenção contra incêndio pode causar multas vindos dos órgãos como Corpo de Bombeiros, além do risco a vida dos moradores; riscos a incêndios se a manutenção do sistema elétrico for negligenciada;  desvalorização do imóvel devido ao estado não conservado da edificação entre outros exemplos. 

Assim, para uma boa gestão condominial é de suma importância o acompanhamento profissional para a realização da inspeção predial periodicamente para evitar formar uma bola de neve quanto à manutenção do seu condomínio. Leu o artigo e viu que seu condomínio está com algumas dessas manutenções pendentes? Entre em contato conosco e evite surpresas desagradáveis como multas, problemas estruturais e riscos à segurança dos moradores!

Zoey, graduanda em Engenharia civil pela Universidade Federal do Ceará.